Após um hiato angustiante de quase quatro anos, Sydney Sweeney sinaliza o fim da produção da temporada mais esperada e sombria da HBO. Marcada por tragédia, ascensão de estrelas e um salto temporal radical, a volta de ‘Euphoria’ definirá o futuro da televisão.

O silêncio foi quebrado. Após o que pareceram eras de incerteza, reescritas dolorosas e um hiato que testou a paciência dos fãs, a luz no fim do túnel narcótico de “Euphoria” finalmente apareceu. A produção da aguardadíssima terceira temporada da série fenômeno da HBO foi oficialmente encerrada. A confirmação veio de ninguém menos que Sydney Sweeney, a Cassie Howard, que partilhou nos seus stories do Instagram uma foto da festa de conclusão das gravações, sinalizando que a obra-prima sombria de Sam Levinson está, enfim, completa e a caminho da pós-produção.

Para entender a magnitude deste anúncio, é preciso lembrar o estado em que o mundo ficou quando a segunda temporada terminou, lá no início de 2022. Foi um final explosivo: a queda de Cassie, a ruína da família Jacobs, a intervenção de Rue (Zendaya) e, claro, o tiroteio devastador que deixou o destino de Fezco e Ashtray em aberto. Desde então, o mundo mudou, e a própria série foi forçada a mudar com ele da forma mais trágica possível.

Esta terceira temporada não é apenas uma continuação; é um renascimento forjado na dor. O hiato não foi apenas criativo. A produção foi abalada pela trágia e prematura morte de Angus Cloud (Fezco), o coração moral inesperado da série. A sua ausência deixa um buraco narrativo e emocional que Sam Levinson terá de abordar. Fezco não era apenas um traficante; era o irmão mais velho de Lexi (Maude Apatow), o protetor de Rue, e a sua morte (tanto na vida real como, presumivelmente, na ficção) irá ecoar profundamente, mudando a trajetória de todos os que ele tocou.

Adeus, Liceu: O Salto Temporal Radical

Para lidar com estas mudanças sísmicas – e com o facto de o seu elenco já não ter qualquer semelhança credível com adolescentes do liceu – Levinson tomou a decisão mais drástica da série até agora: um salto temporal significativo, que, segundo rumores, será de cinco anos.

Esta decisão narrativa lança “Euphoria” num território totalmente novo e muito mais perigoso. Já não estamos a falar de dramas de corredor de escola. Estamos a falar de adultos jovens a navegar pelo mundo real, carregando os traumas profundos da sua adolescência.

O que significa isto para Rue? A protagonista de Zendaya, que terminou a segunda temporada sóbria e a tentar encontrar esperança, será vista agora como uma mulher de 20 e poucos anos. Estará ela a manter a sobriedade? Ou estará ela a lutar contra os mesmos demónios, mas agora sem a rede de segurança da escola e da família? A sua jornada como “adulta funcional” ou a sua recaída serão, sem dúvida, o pilar central da nova temporada.

E quanto ao triângulo amoroso mais tóxico da televisão? Cassie (Sweeney), Maddy (Alexa Demie) e Nate (Jacob Elordi) estarão agora na faculdade ou no mercado de trabalho. As suas obsessões e rivalidades sobreviveram à transição para a idade adulta? A dinâmica de poder entre Nate e o seu pai, Cal (Eric Dane), agora exposto, promete ser um foco central.

A Reunião das Superestrelas

Outro fator que torna esta temporada tão eletrizante é o próprio elenco. Quando “Euphoria” começou, eram talentos promissores. Agora, são indiscutivelmente a lista “A” da nova Hollywood.

Zendaya consolidou-se como uma das maiores estrelas de cinema do planeta (“Duna”, “Challengers”). Sydney Sweeney tornou-se uma força como produtora e protagonista de sucessos de bilheteira (“Anyone But You”, “Immaculate”). Jacob Elordi tornou-se um ícone da cultura pop (“Saltburn”, “Priscilla”). E Hunter Schafer (“Jogos da Fome”) continua a ser uma força criativa e cultural.

Reuni-los não foi apenas uma questão de agenda; foi um evento. A química entre eles é o motor da série, mas agora regressam às suas personagens com o peso e a experiência de estrelas globais. A expectativa é que as suas atuações sejam ainda mais maduras e devastadoras. O elenco de apoio, incluindo Alexa Demie e Maude Apatow, também regressa, garantindo que o núcleo emocional permanece intacto.

Ainda sem data de estreia oficial (mas com todas as apostas para 2026), o fim das gravações da terceira temporada de “Euphoria” é o evento televisivo mais importante do ano. É o fim de uma espera angustiante e o início da contagem decrescente para o regresso ao mundo visualmente deslumbrante e emocionalmente implacável de Sam Levinson. A festa de encerramento de Sydney Sweeney não foi apenas uma celebração; foi um aviso. Preparem-se.

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