CAOS NO TATUAPÉ: O QUE ERA UMA NOITE COMUM SE TORNA CENÁRIO DE GUERRA URBANA APÓS EXPLOSÃO DE DEPÓSITO CLANDESTINO

Vídeos chocantes capturam momento de pânico: um clarão cega a noite e rajadas de fogos de artifício descontrolados cruzam a Avenida Salim Farah Maluf como mísseis, em meio a gritos e ao som de destruição. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas.

O que você faria se, de repente, sua rua se transformasse em uma zona de combate? Não é um filme de ação. Foi a realidade aterrorizante vivida pelos moradores do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, na noite desta quinta-feira (13). Um estrondo ensurdecedor, que fez prédios inteiros tremerem, foi apenas o começo do pesadelo. A noite foi rasgada por um clarão intenso, seguido pelo som caótico de milhares de fogos de artifício detonando de uma só vez, descontroladamente.

Vídeos gravados por câmeras de segurança e por moradores apavorados de seus apartamentos mostram a dimensão do incidente. Em uma cena que desafia a credibilidade, rajadas luminosas de fogos cruzam a movimentada Avenida Salim Farah Maluf, uma das principais vias da região, em trajetória horizontal. Eram projéteis coloridos e mortais voando na altura dos carros e pedestres. “Tremeu tudo!”, “Parecia uma bomba!”, “O que está acontecendo?” — esses eram os relatos que inundavam as redes sociais, enquanto uma densa coluna de fumaça preta subia aos céus, visível a quilômetros de distância.

O epicentro do caos foi uma residência na Rua Francisco Bueno, número 73. Segundo informações preliminares da Polícia Militar, o local funcionava como um depósito clandestino de fogos de artifício. Uma verdadeira bomba-relógio armada no coração de um bairro residencial denso. A explosão inicial foi tão violenta que não só destruiu a casa, mas também causou danos significativos em “várias” outras residências e veículos nas proximidades. Janelas estouraram, portões foram retorcidos e o cheiro de pólvora tomou conta do ar.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados imediatamente. Em meio à fumaça e às explosões secundárias que continuavam a pipocar, as equipes de resgate enfrentaram um cenário de devastação. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas, segundo os bombeiros. Uma delas precisou ser socorrida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), enquanto a outra, apesar dos ferimentos, recusou atendimento no local, provavelmente ainda em estado de choque. A Polícia Militar, por sua vez, chegou a relatar cinco vítimas, todas sem gravidade.

A área precisou ser completamente isolada. A confusão inicial foi tamanha que as primeiras hipóteses levantadas pela PM, baseadas nos chamados frenéticos, incluíam a queda de um balão ou até mesmo a explosão de transformadores da rede elétrica. Apenas com a chegada das equipes ao ponto zero da ocorrência foi possível identificar a real e trágica origem: um comércio ilegal que colocou em risco a vida de milhares de pessoas. O perigo dos depósitos clandestinos, um problema crônico nas metrópoles, mostrou sua face mais destrutiva no Tatuapé.


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