O RETORNO DO REI: RYAN COOGLER CONFIRMA ‘PANTERA NEGRA 3’ E O FUTURO DE WAKANDA ESTÁ OFICIALMENTE EM MOVIMENTO

Numa reviravolta que acalma os fãs da Marvel, o realizador Ryan Coogler confirma que a terceira epopeia de Wakanda não só está a acontecer, como será o seu próximo filme. Após a dor e o luto de ‘Wakanda Para Sempre’, o foco vira-se agora para o destino do novo Pantera Negra e o herdeiro escondido do trono.

Wakanda não é apenas um lugar; é uma promessa. E essa promessa acaba de ser renovada. No turbilhão de incertezas que tem sido a “Saga do Multiverso” da Marvel, uma das joias da coroa do estúdio parecia estar num limbo melancólico. “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” foi um milagre cinematográfico, um filme forjado na tragédia da vida real que conseguiu honrar o legado de Chadwick Boseman enquanto passava o manto. Mas, inevitavelmente, deixou o público com uma pergunta angustiante: e agora?

Este sábado, essa pergunta foi respondida. O arquiteto, o guardião e a alma da Wakanda cinematográfica, o realizador Ryan Coogler, confirmou a notícia que todos os fãs esperavam: “Pantera Negra 3” é oficial, está a ser desenvolvido e, mais importante, será o seu próximo projeto.

A revelação, feita durante o evento Contenders Film do Deadline em Los Angeles, põe fim a meses de especulação. Coogler, que está atualmente a promover o seu filme “Pecadores”, foi direto: o seu foco está a voltar-se inteiramente para o próximo capítulo da nação mais poderosa da Terra. O regresso de Coogler não é um mero detalhe de produção; é a garantia de que a integridade, a profundidade cultural e a complexidade política que tornaram “Pantera Negra” um fenómeno (arrecadando mais de mil milhões de dólares e garantindo uma nomeação para Melhor Filme) serão preservadas.

Esta confirmação é um bálsamo para a Marvel Studios, que precisa desesperadamente de vitórias certas. O primeiro “Pantera Negra” não foi apenas um sucesso de bilheteira; foi um marco cultural que redefiniu o que um filme de super-heróis poderia ser. O segundo filme, apesar do desafio impossível de continuar sem o seu protagonista, foi um sucesso crítico e comercial (US$ 859 milhões), provando a resiliência do mundo que Coogler construiu.

Mas o que significa “Pantera Negra 3”? Onde é que “Wakanda Para Sempre” nos deixou, e que fios narrativos estão desesperadamente à espera de resolução?

O maior deles é, sem dúvida, o futuro do próprio manto. Shuri (Letitia Wright) é agora a Pantera Negra. Ela aceitou relutantemente o seu destino, movida pela vingança antes de encontrar um caminho para a misericórdia. O terceiro filme será a sua prova de fogo. Já não é a princesa da tecnologia a lutar contra o luto; ela será a Rainha (ou regente) e protetora, forçada a liderar num cenário global que agora conhece os seus segredos e a sua maior fraqueza: o Vibranium. A sua jornada de cientista a guerreira e, finalmente, a líder, está longe de estar completa.

E depois, há o “terramoto” narrativo escondido no Haiti. Na cena pós-créditos de “Wakanda Para Sempre”, o público foi apresentado a Toussaint, também conhecido como T’Challa II, o filho secreto do Rei T’Challa e de Nakia (Lupita Nyong’o). Este não é apenas um easter egg; é a fundação do futuro da dinastia. A criança, que cresceu longe da política traiçoeira do palácio, carrega o nome e o sangue do seu pai.

“Pantera Negra 3” encontra-se assim numa encruzilhada fascinante. Irá Coogler optar por um salto temporal, mostrando-nos um T’Challa II adolescente a ser treinado para o seu destino? Ou irá focar-se no presente, com Shuri a ter de proteger o sobrinho – o verdadeiro herdeiro do trono – de ameaças internas e externas que certamente o verão como um peão ou um alvo?

A ameaça externa também é uma tela em branco. Tendo já enfrentado o seu “irmão” perdido Killmonger e o seu rival histórico Namor (Tenoch Huerta), o próximo vilão terá de ser de uma escala diferente. Os fãs há muito que teorizam que Wakanda é a única nação na Terra capaz de enfrentar o Doutor Destino, o tirano da Latvéria. Com o “Quarteto Fantástico” a aproximar-se, “Pantera Negra 3” poderia muito bem ser o filme que introduz a maior ameaça política e mística do universo Marvel.

O que é certo é que a espera será angustiante, mas agora tem um fim à vista. Ryan Coogler não está apenas a fazer um filme; ele está a curar uma nação fictícia e a guiar uma audiência global de volta a um mundo de afrofuturismo, honra e complexidade. A Marvel ainda não deu uma data oficial, mas com Coogler ao leme, uma coisa é certa: quando Wakanda regressar, será um evento.

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